Muitas pesquisas vêm apontando para um aumento na população de ansiosos e depressivos. Não importa a idade isso é uma verdade inconteste. Outro dia vi uma pesquisa que demonstra que 40 milhões de pessoas adultas, nos EUA, tem um quadro de transtorno de ansiedade. Este número é muito significativo entre os jovens estudantes do nível fundamental e universidades. As pressões para se encaixar, se destacar academicamente e se engajar nas mídias sociais faz com que a ansiedade seja considerada em um nível epidêmico.
Como coach, não faço terapia para pessoas que sofram de ansiedade ou estresse a nível patológico, porém ajudo e recomendo a meditação não só para ajudar nestes quadros, mas também para conseguir os resultados benéficos que as práticas meditativas oferecem. Elas podem ser uma ferramenta muito eficaz para as pessoas melhorarem seu patamar de vida e desenvolverem a habilidade de serem e se sentirem felizes.
Desafio a você
Com o objetivo de contribuir apresento aqui um programa de oito semanas em atenção plena baseado no livro Mindfulness de Mark Willians e Danny Penman.
Para se escrever e iniciar a trilha de oito semanas você pode entrar no meu site na aba de DESAFIOS e se inscrever, não custa nada, mas os benefícios pessoais serão incríveis. Vamos lá?
Os benefícios da meditação da atenção plena (MINDFULNESS)
Estudos mostram que os meditadores regulares são mais felizes e mais satisfeitos do que a média das pessoas.(1) Esses resultados têm uma importante repercussão na saúde, já que as emoções positivas estão associadas a uma vida mais longa e saudável.(2)
A ansiedade, a depressão e a irritabilidade diminuem com sessões regulares de meditação.(3)
A memória melhora, as reações se tornam mais rápidas e o vigor mental e físico aumenta.(4)
Os meditadores regulares têm relacionamentos melhores e mais gratificantes.(5)
Estudos feitos no mundo todo comprovam que a prática da meditação reduz os principais indicadores do estresse crônico, incluindo a hipertensão.(6)
A meditação é eficaz também para reduzir o impacto de doenças graves, como dor crônica(7) e câncer (8) podendo até auxiliar no combate à dependência de drogas e álcool.(9)
Além disso, pesquisas indicam que a meditação fortalece o sistema imunológico, ajudando a combater resfriados, gripe e outras doenças.(10)
Mindfulness no Exército Britânico:
No trabalho demonstram eficácia com a melhoria nas seguintes áreas:
Redução de estresse
A atenção plena no local de trabalho é um tópico importante entre as empresas como uma maneira de ajudar a reduzir o estresse - uma causa dominante do desligamento dos funcionários que também pode prejudicar a produtividade. Segundo um estudo realizado pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho, mais da metade dos 550 milhões de dias úteis são perdidos todos os anos com o absentismo estão relacionados ao estresse. Além disso, 80% dos funcionários relatam que sentem estresse no trabalho e precisam de ajuda para aprender a gerenciá-lo.
Para combater os sentimentos de estresse, organizações importantes como Google, Adobe, General Mills, Goldman Sachs, Mayo Clinic, Aetna e Target têm programas formais para promover a redução do estresse e o envolvimento dos funcionários.
Uma pesquisa recente da Paycheck com mais de 2.000 funcionários constatou que os trabalhadores se sentem estressados por fatores dentro e fora do trabalho, como dificuldades para equilibrar vida profissional e pessoal, segurança no trabalho, carga de trabalho e outras questões relacionadas a pessoas. Eles se voltaram para a atenção plena como uma estratégia essencial para combater o estresse relacionado ao trabalho.
Absorção de novas informações
Como você cria espaço para sua mente absorver novas informações? A ciência mostra que, quando você permite que seu cérebro faça uma pausa na resolução de problemas, no pensamento crítico e no desenvolvimento de novas habilidades, isso ajuda a aumentar as possibilidades futuras de aprendizado e criatividade. Ignorar ou recusar-se a fazer uma pausa pode levar a um aumento do estresse, exaustão e pensamento estagnado. Isso é especialmente verdadeiro para projetos ou tarefas que exigem um período de foco prolongado.
Adaptabilidade
Ser capaz de se adaptar rápida e eficientemente no trabalho é essencial. Isso significa que você pode se adaptar rapidamente a novas situações e lidar com várias demandas. Quanto mais você pratica e se expõe a diferentes maneiras de fazer as coisas, a aprender e a ganhar confiança na incerteza, mais adaptável será. A adaptabilidade desempenha um papel proeminente no desempenho da liderança e geralmente está presente em líderes que podem gerenciar mudanças de prioridades e estão abertos a ajustar suas percepções e crenças.
Solução de problemas.
Resolução de problemas é a capacidade de remover a desordem da mente não treinada; ajuda a melhorar a concentração, o que leva a desatar as notas da solução de problemas. Outra maneira pela qual a atenção plena pode ajudá-lo a resolver problemas é libertando-o das distrações e dando-lhe um novo ângulo para refletir. Quando você está no meio de um desafio e pratica a atenção plena, pode processar as informações de uma maneira nova e diferente que é necessária para uma resolução.
Facilita a criatividade
Um aspecto central da criatividade é o pensamento divergente, que se refere à capacidade de gerar uma abundância de novas ideias. A prática da atenção plena para aumentar a criatividade no local de trabalho o motiva a pensar de forma mais inovadora do que o habitual. A atenção plena ajuda a liberar seu cérebro das distrações. Isso aumenta sua capacidade de observar as coisas ao seu redor com uma nova lente. Fundamentalmente, a criatividade é apenas o resultado de adotar uma abordagem diferente por uma nova perspectiva.
Vitalidade
Cada dia você traz uma certa quantidade de energia para trabalhar. Alguns dias podem ser dias de alta energia e outros podem parecer que você está vazio. Para os cientistas que estudam a motivação das pessoas no trabalho, isso é conhecido como vitalidade. É o uso do seu poder físico para investir em ações e outras pessoas ao seu redor. A vitalidade é essencial para realizar tarefas enquanto desfruta simultaneamente do trabalho que você está realizando. Continuando a manter o foco e a atenção, é provável que tenha um efeito positivo em sua vitalidade, pois ajuda a permanecer ciente de suas aspirações e objetivos. Se as metas são claras para você, é mais provável que você trabalhe em direção a elas quando sua vitalidade for alta.
Maior empatia pelos outros
Você provavelmente conhece o ditado "estar no lugar de outra pessoa", quando surge uma situação. A empatia desempenha um papel ao nos permitir entender a mente dos outros e ressoar emocionalmente com esses estados. Praticar a atenção plena no local de trabalho nos permite sentir empatia pelos outros.
Lembre-se, não é incomum que a atenção plena revele quando as coisas estão agitadas. Da próxima vez que se sentir sobrecarregado, lembre-se dessas práticas recomendadas para ajudar a limpar sua mente.
Mindfulness e o que os estudos científicos tem mostrado.
Nesta entrevista a BHR Business Harvard Review, Daniel Goleman e Richard Davidson explicam um pouco sobre a prática da meditação e seus beneficios. (Vale a pena ver. 30 min)
Notas:
(1) Ivanowski, B. & Malhi, G. S. (2007), “The psychological and neurophysiological concomitants of mindfulness forms of meditation”, Acta Neuropsychiatrica, 19, pp. 76-91; Shapiro, S. L., Oman, D., Thoresen, C. E., Plante, T. G. & Flinders, T. (2008), “Cultivating mindfulness: effects on wellbeing”,
Journal of Clinical Psychology, 64(7), pp. 840-862; Shapiro, S. L., Schwartz, G. E. & Bonner, G. (1998), “Effects of mindfulness-based stress reduction on medical and premedical students”, Journal of Behavioral Medicine, 21, pp. 581-599.
(2)Fredrickson, B. L. & Joiner, T. (2002), “Positive emotions trigger upward spirals toward emotional well-being”, Psychological Science, 13, pp. 172-175; Fredrickson, B. L. & Levenson, R. W. (1998), “Positive emotions speed recovery from the cardiovascular sequelae of negative emotions”, Cognition and Emotion, 12, pp. 191-220; Tugade, M. M. & Fredrickson, B. L. (2004), “Resilient individuals use positive emotions to bounce back from negative emotional
experiences”, Journal of Personality and Social Psychology, 86, pp. 320-333.
(3)Baer, R. A., Smith, G. T., Hopkins, J., Kreitemeyer, J. & Toney, L. (2006), “Using self-report assessment methods to explore facets of mindfulness”, Assessment, 13, pp. 27-45.
(4)Jha, A., et al. (2007), “Mindfulness training modifies subsystems of attention”, Cognitive Affective and Behavioral Neuroscience, 7, pp. 109-119; Tang, Y. Y., Ma, Y., Wang, J., Fan, Y., Feng, S., Lu, Q., et al. (2007), “Short-term meditation training improves attention and self-regulation”, Proceedings of the National Academy of Sciences (US), 104(43), pp. 17.152-17.156; McCracken,
L. M. & Yang, S.-Y. (2008), “A contextual cognitive-behavioral analysis of rehabilitation workers’ health and well-being: Influences of acceptance, mindfulness and values-based action”, Rehabilitation Psychology, 53, pp. 479- 485; Ortner, C. N. M., Kilner, S. J. & Zelazo, P. D. (2007), “Mindfulness meditation and reduced emotional interference on a cognitive task”, Motivation
and Emotion, 31, pp. 271-283; Brefczynski-Lewis, J. A., Lutz, A., Schaefer, H. S., Levinson, D. B. & Davidson, R. J. (2007), “Neural correlates of attentional expertise in long-term meditation practitioners”, Proceedings of the National Academy of Sciences (US), 104(27), pp. 11.483-11.488.
(5)Hick, S. F., Segal, Z. V. & Bien, T., Mindfulness and the Therapeutic Relationship (Guilford Press, 2008). (6)Ver Low, C. A., Stanton, A. L. & Bower, J. E. (2008), “Effects of acceptance oriented versus evaluative emotional processing on heart rate recovery and habituation”, Emotion, 8, pp. 419-424.
(7)Kabat-Zinn, J., Lipworth, L., Burncy, R. & Sellers, W. (1986), “Four-year follow-up of a meditation-based program for the self-regulation of chronic pain: Treatment outcomes and compliance”, The Clinical Journal of Pain, 2(3), p. 159; Morone, N. E., Greco, C. M. & Weiner, D. K. (2008), “Mindfulness meditation for the treatment of chronic low back pain in older adults: A
randomized controlled pilot study”, Pain, 134(3), pp. 310-319; Grant, J. A. & Rainville, P. (2009), “Pain sensitivity and analgesic effects of mindful states in zen meditators: A cross-sectional study”, Psychosomatic Medicine, 71(1), pp. 106-114.
(8)Speca, M., Carlson, L. E., Goodey, E. & Angen, M. (2000), “A randomized, wait-list controlled trail: the effect of a mindfulness meditation-based stress reduction program on mood and symptoms of stress in cancer outpatients”, Psychosomatic Medicine, 62, pp. 613-622.
(9)Bowen, S., et al. (2006), “Mindfulness Meditation and Substance Use in an Incarcerated Population”, Psychology of Addictive Behaviors, 20, pp. 343-347.
(10)Davidson, R. J., Kabat-Zinn, J., Schumacher, J., Rosenkranz, M., Muller, D., Santorelli, S. F., Urbanowski, F., Harrington, A., Bonus, K. & Sheridan, J. F. (2003), “Alterations in brain and immune function produced by mindfulness meditation”, Psychosomatic Medicine, 65, pp. 567-570.
Comments